Angola pediu apoio à resolução de Cuba contra o bloqueio dos EUA.

Nações Unidas, 28 de Outubro (Prensa Latina). - Angola apoiou hoje na ONU o apelo internacional ao levantamento incondicional do bloqueio económico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba e exortou a apoiar veementemente a resolução apresentada pela delegação da nação caribenha.

Durante a sessão de debate do projecto de resolução, o representante permanente angolano, Francisco José da Cruz, declarou que seu país se une às declarações de apoio do Grupo Africano, do Movimento dos Países Não Alinhados e do Grupo dos 77 mais a China, que exigiram o fim da política de Washington.

Da Cruz lembrou que o bloqueio aplicado contra a nação caribenha prejudica o povo e tem sérias implicações para a capacidade do país de atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Nesse sentido, sublinhou que as medidas coercivas de Washington aumentam a escassez de bens básicos, de combustível para a geração de energia, de acesso a equipamentos médicos e medicamentos, tudo acompanhado dos ODS específicos que são afectados pela aplicação da política americana.

Acrescentou que também põe em perigo os programas educativos e de desenvolvimento social, restringe a actividade económica das pessoas e do país, dificulta a geração de empregos e o acesso ao financiamento internacional, bem como o comércio e o desenvolvimento industrial.

Argumentou, além disso, que afecta as populações vulneráveis e impede que as organizações internacionais, empresas e outros parceiros façam transações lícitas e estabeleçam negócios com Cuba.

O diplomata angolano ressaltou que o relatório do secretário-geral da ONU sobre o assunto chega a uma conclusão inequívoca, e é que a continuação do bloqueio contra Cuba e sua inclusão injusta na lista de Estados que patrocinam o terrorismo são incompatíveis com o sistema internacional enraizado no Estado de Direito.

Lembrou que na Cúpula do Futuro de 2024 foi aprovado o Pacto para o Futuro, com o qual se espera garantir que ninguém fique para trás na realização dos ODS e na melhoria da cooperação mundial.

No entanto, quando se completam oito décadas desde que as Nações Unidas foram criadas para promover a paz, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos, a comunidade internacional se questiona mais do que nunca por que não se põe em prática a resolução que desde 1992 pede o levantamento do bloqueio a Cuba.

O representante angolano reafirmou seu apreço pelo compromisso da nação caribenha com a cooperação internacional e ressaltou que milhares de médicos cubanos têm contribuído para salvar vidas e fortalecer os sistemas de saúde pública na África e nos países em desenvolvimento.

"Este espírito de solidariedade exemplifica o valor da solidariedade internacional e a importância estratégica da cooperação Sul-Sul", realçou e garantiu o compromisso de Angola de continuar a apoiar todas as iniciativas e todas as resoluções pertinentes da ONU para pôr fim ao bloqueio.

Enfatizou que este é um tema que deve ser resolvido de acordo com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, por isso e fez um apelo para resolver a controvérsia através de negociações com base nos princípios da justiça e da equidade.

Angola pediu para apoiar a resolução de Cuba contra o bloqueio dos Estados Unidos.

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