BRICS DOS POVOS REPUDIA O VOTO DO BRASIL NA ONU PELO BLOQUEIO CONTRA CUBA

12 de novembro de 2019, 19h:45Brasília, 12 nov. Os movimentos populares, sindicatos e partidos políticos dos países que compõem o chamado Brics dos Povos (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) repudiaram hoje aqui a posição do Governo de Jair Bolsonaro em favor do bloqueio contra Cuba.

Essa condenação fica patenteada na declaração final do fórum, resultado das reflexões de dos dias de debate entre pesquisadores e membros de 60 organizações de nove nações.

Durante a votação na Assembleia Geral da ONU, Cuba recebeu em 7 de novembro o apoio esmagador da comunidade internacional, quando 187 Estados-Membros pronunciaram-se contra o assédio econômico, comercial e financeiro de Washington.

Apenas dois países se abstiveram: a Colômbia e a Ucrânia; enquanto os Estados Unidos da América, Israel e Brasil votaram contra o levantamento do bloqueio, ficando isolados perante a reivindicação da maioria da comunidade internacional.

Denunciamos 'a posição do governo brasileiro contra o fim do bloqueio contra Cuba, quebrando uma tradição histórica na Assembleia da ONU, se juntando aos Estados Unidos e Israel, únicos países que defendem essa medida', lembra o comunicado do encontro, paralelo à Cimeira do Brics, que começa amanhã nesta capital federal.

No foro dos Povos, a deputada comunista Jandira Feghali, atual liderança da minoria na Câmara dos Deputados, também questionou a postura da administração Bolsonaro a favor do bloqueio contra a ilha caribenha. Feghali criticou, durante sua intervenção no debate, Crise política internacional e luta popular, 'o voto do Brasil a favor do bloqueio contra Cuba, após ter mantido uma posição oposta, uma decisão abominável de alinhamento automático com os Estados Unidos'.

A data, o lugar e o nome do evento, que finalizou nesta terça-feira, foram escolhidos para fazer um paralelismo com a cimeira que reunirá líderes de governos do Brics, que começa amanhã nesta capital federal.

Pesquisadores e ativistas debateram temas vinculados ao imperialismo, à crise económica e política, à solidariedade internacional e à integração dos povos.

Um dos eixos do seminário foi ademais o debate sobre o progresso das forças conservadoras que acumularam vitórias no cenário internacional.     

 

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