Caravana de luz, de futuro

Os barbudos da Serra, como lhes diziam, deixaram atrás as vicissitudes próprias de uma luta que, contra a brutal repressão batistiana, defendia o direito de todos a desfrutar da liberdade plena em sua terra e de ser donos de seu futuro. Levavam em seus olhos o convencimento pleno de que o proposto por Fidel em A história me absolverá  aconteceria maior porque esta Revolução era e é pelos humildes e para os humildes.

“Não  imaginemos que agora tudo será mais fácil, talvez desde agora todo seja mais difícil”, expressou Fidel quando a caravana entrou em Havana em um dia como hoje, há seis décadas. Tinha razão, pois a alegria do triunfo não podia disfarçar os grandes desafios que se enfrentariam.

A Fidel e a seus colegas de causa preocupava-lhes quantos desses homens e mulheres que lhes demonstravam sua alegria teriam trabalho, quantos meninos podiam assistir a classes, quantos precisavam ir ao médico e não podiam… A responsabilidade para com o povo crescia, mas ali estava esse mesmo povo, em cada trecho por onde passou  a caravana, como hoje, com a intenção de assegurar sua respaldo à construção de uma sociedade justa.

Isso também se sentiu nesta segunda-feira, quando centenas de matanceros rememoraram  em horas da manhã a entrada triunfal da caravana pelo território de San Pedro de Mayabón . Em cada povoado da Estrada Central o povo se aglomerou para receber os novos “ barbudos” :  60 jovens destacados das organizações estudantis, das Forças Armadas Revolucionárias e do Ministério do Interior, bem como  trabalhadores por conta própria.

Desde aquela madrugada de 2 de janeiro de 1959, quando empreenderam viagem desde Santiago de Cuba, Fidel e os combatentes sabiam que “a liberdade não é tudo. A liberdade é a primeira parte, é a liberdade para começar a ter o direito a lutar”. Por isso a cada ano se rememora a marcha desta caravana que  trouxe a luz do futuro a um país que se sabe dono desse direito para lutar.

8 de janeiro de 2019

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Eventos