A Embaixada de Cuba em Angola organizou uma actividade diplomática para celebrar o 66º aniversário do triunfo da Revolução Cubana e o início das actividades por ocasião do 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.
O evento foi presidido, do lado angolano, pela camarada Mara Baptista Quiosa, vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), outros altos representantes do Bureau Político do MPLA, bem como funcionários do Ministério das Relações Exteriores, membros das forças armadas angolanas e de outras instituições nacionais.
Também estiveram presentes representantes do Corpo Diplomático acreditado em Angola, ex-alunos angolanos de estabelecimentos de ensino em Cuba e outros amigos do nosso país.
A cerimónia político-cultural começou com a entoação dos hinos nacionais de ambos os países, seguido de um material visual que resumiu em poucos minutos a essência de meio século de laços diplomáticos.
As palavras centrais foram proferidas pelo Embaixador de Cuba em Angola, Oscar León González, que destacou o fio condutor da Revolução vitoriosa de 1 de Janeiro de 1959, cujas origens remontam, segundo o Comandante-em-Chefe Fidel Castro Ruz, à fazenda La Demajagua, onde o Pai da Pátria, Carlos Manuel de Céspedes, deu o grito de independência juntamente com a libertação dos seus escravos.
O representante da maior das Antilhas recordou o árduo caminho percorrido pelos cubanos durante mais de seis décadas, enfrentando a hostilidade do governo dos Estados Unidos da América, em particular o seu bloqueio económico, comercial e financeiro, reforçado nos últimos anos com medidas como a inclusão de Cuba na lista de países que alegadamente patrocinam o terrorismo.
Não obstante, recordou a vontade de Cuba de manter uma relação civilizada e respeitosa com o seu poderoso vizinho do norte, sem menosprezo do direito do povo cubano à independência e à autodeterminação.
Sublinhou igualmente os fortes laços existentes entre os povos cubano e angolano desde a luta em defesa da independência e da integridade territorial de Angola e a cooperação em prol do desenvolvimento económico e social de ambos os países.
A segunda parte do evento contou com actuações artísticas de cubanos residentes em Angola e de compatriotas angolanos que interpretaram canções, poemas e danças típicas da cultura cubana. Além disso, foi inaugurada uma exposição de fotografias, cujas imagens passam em revista os laços políticos e históricos, representados através dos encontros realizados entre os líderes dos dois países.
Foi uma bela noite de participação ecuménica, uma justa homenagem às centenas de milhares de internacionalistas cubanos que cumpriram missão em Angola ao longo do último meio século, incluindos os 2 077 que perderam a vida na epopeia.
