Celebrado em São Paulo o evento “O que espanta a Miséria é a festa”, na jornada pelo Dia Nacional da Cultura Cubana.

São Paulo, 20 de outubro. Durante a Jornada pelo Dia Nacional da Cultura Cubana, foi realizada uma atividade “O que espanta a Miséria é a festa” que fazia parte do projeto cultural “É preciso ter coragem”, que iniciado em 18 de outubro, foi dirigido pela jovem artista Natalia Neumann e apoiado pelo Consulado Geral de Cuba.

Em 20 de outubro, data comemorativa de um dos mais importantes eventos valorizados pela história pátria, a entoação, pela primeira vez, do Hino Nacional Cubano, resultou um contexto apropriado para a convocação deste evento cultural, no qual foi ressaltada a rebeldia e o afã de justiça social do povo brasileiro.  

Levada a cabo no Teatro Popular União e Olho Vivo (TUOV), a festa em ocasião de se comemorar a Cultura Cubana começou com uma atividade voltada às crianças da comunidade de Bom Retiro, desta cidade, interpretada pelo grupo N’Kinpa. Ao cair da noite, os adultos desfrutaram de uma apresentação de balé da escola de dança, onde a dançarina e coreógrafa Isaura Guzmán, cubana residente no Brasil, diretora artística e mestre-coreógrafa de balé clássico do Instituto Superior das Artes de Havana, atualmente trabalha e, atua como diretora da   companhia “Dança Cumbre” de São Paulo. O evento prosseguiu com duas peças do grupo de TUOV, cujo diretor, César Vieira, Prêmio Casa de las Américas, explicou à plateia a história das peças apresentadas, que evocam a resistência e o patriotismo do povo brasileiro.   

Outra das atividades programadas foi um painel intitulado: “Vozes Invisíveis da Resistência”, com a mediação da jovem brasileira Vanessa Oliveira, jornalista e mestre em estudos latino-americanos e cubanos em temas políticos e culturais. Os palestrantes foram: a artista brasileira Vera Campo, diretora do projeto independente “Preta Sampa”, cujo objetivo social é o acolhimento e ajuda às mulheres negras que emigram para São Paulo; a socióloga brasileira Neide Almeida, escritora, poetisa, educadora e produtora cultural, mestre em linguística e especialista em gestão cultural contemporânea; a cubana Isaura Guzmán e Jasely Fernández, socióloga cubana, mestre em Ciências Políticas, professora e pesquisadora da Universidade de Havana e do Centro de Pesquisas de Política Internacional, quem na atualidade desempenha-se como funcionária do Consulado Geral de Cuba em São Paulo, responsável de assuntos acadêmicos e culturais e esportivos.       

Nas intervenções dessas mulheres foi possível visibilizar as vozes de muitas outras, que foram silenciadas durante o triste período da ditadura. A expectativa de viver em um mundo melhor e mais justo foi a mensagem que foi transmitida, junto à necessidade de lutar por isso. Questões como a mulher na Revolução Cubana, a juventude cubana como expressão de continuidade, a emigração cubana e sua relação com o Estado em Cuba, foram debatidas diante do público atento, integrado por brasileiros e cubanos residentes no Brasil. O bloqueio econômico, comercial e financeiro injusto imposto pelos Estados Unidos contra nosso país, constituiu um tema central abordado e gerou declarações de indignante rejeição do público por sua natureza desumana, de ingerência e extraterritorial.     

 

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