Brasília, 18 de junho. O fortalecimento da cooperação e a atenção às questões relacionadas à saúde nortearam as discussões da XV Reunião de Ministros da Saúde do BRICS, realizada na terça-feira em Brasília, capital da República do Brasil, país que ocupa a presidência pro tempore do Grupo desde janeiro deste ano.
Cuba - que desde outubro de 2024 tem o status de membro associado do grupo - foi representada nesta importante reunião pelo Ministro da Saúde Pública, Dr. José Angel Portal Miranda, que descreveu a reunião como “uma oportunidade inestimável para refletir sobre os desafios que enfrentamos na saúde, em um contexto global marcado por crises sistêmicas interconectadas que ameaçam o desenvolvimento, a estabilidade e, acima de tudo, a vida”.
Diante dessa realidade e dos desafios que ela implica para os sistemas de saúde em todo o mundo, em seu discurso, Portal Miranda ressaltou a urgência de “enfrentar os desafios da saúde por meio de mecanismos de cooperação inclusivos e solidários que garantam sistemas de saúde resilientes, eficazes e centrados nas pessoas, capazes de assegurar a cobertura universal de saúde e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Referindo-se às muitas lições aprendidas com a pandemia causada pela COVID-19, ele enfatizou “a necessidade de fortalecer a ciência, a inovação e a cooperação como pilares de qualquer estratégia de saúde sustentável”.
Nesse sentido, destacou como, durante esses anos difíceis, graças ao desenvolvimento da ciência que se consolidou em Cuba por mais de seis décadas, foi possível enfrentar a pandemia desenvolvendo nossas próprias vacinas e garantindo a imunização da população, apesar das limitações econômicas que enfrentamos.
Ele também se referiu às características que distinguem o Sistema Nacional de Saúde, que é público, gratuito, universal, com um enfoque preventivo e uma visão de “Uma Saúde”, cujo desenvolvimento constante permitiu “alcançar indicadores de saúde comparáveis aos de muitos países desenvolvidos”.
“O que a nossa nação fez ratifica que, com vontade política, compromisso humano e senso de justiça, é possível alcançar o progresso no campo da saúde, apesar dos grandes desafios econômicos atuais, que para Cuba se multiplicam devido às consequências do desumano bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos e a inclusão arbitrária na lista de nações que supostamente patrocinam o terrorismo”, refletiu o ministro cubano da Saúde Pública“.
Tomado do site do MINSAP