Há quase um século sucessivos governos dos EUA têm praticado agressões diretas, guerras, sabotagens e golpes de Estado em dezenas de países ao redor do mundo, em particular da América Latina e o Caribe.
Nossos povos não têm tido sossego. Ditaduras militares subservientes aos interesses ianques têm sido impostas em todo o continente latino-americano. Mais recentemente, os EUA manipularam processos “legais” para derrubar governos populares democraticamente eleitos, na Venezuela e na Bolívia.
A despeito de tudo isso, a Revolução Cubana jamais foi derrotada, no que pese a um bloqueio desumano que vige desde a sua vitória, em 1959. O espectro desse bloqueio transcende a dimensão econômica e se magnifica num sufocamento social.
Mas essas ações fomentam contradições próprias à dinâmica da maledicência. Por isso, o tresloucado presidente cessante Donald Trump amargar a degustação do seu próprio veneno. Os múltiplos conflitos sociais desatados pela natureza inerente ao sistema historicamente condenado a desaparecer levaram a uma escalada sem precedentes da ultradireita, fazendo assomar forças entorpecidas pelo peso da ideologia dominante, fazendo despertar contradições veladas de riqueza e renda, raciais e de gênero. Não menos relevantes são os conflitos de interesses que desabrocham entre as classes dominantes. O espetáculo dantesco do último 6 de janeiro com a invasão do Capitólio por tresloucados partidários do neofascista-mor revela o estágio degradante a que se chegou nesse país: Trump, inconformado pela derrota sofrida nas urnas, insuflou uma massa de sequazes a invadir o Congresso para impedir a homologação da chapa democrática vencedora, tendo como saldo a morte de quatro civis e a desestabilização político-institucional sem precedentes.
As sociedades de todo o mundo estarrecida com esses acontecimentos, clama por paz e justiça social e que o novo governo decline de perpetrar intervenções e ações deletérias à soberania e autodeterminação dos povos que lutam por desenvolvimento e a superação das distorções histórico-estruturais, fonte da miséria que assola a humanidade. Cuba é solidária a essa luta e exige o fim do bloqueio criminoso sexagenário.
João Pessoa, 7 de janeiro de 2021.
A Diretoria