Destacam especial relação entre Angola e as Forças Armadas de Cuba

Luanda, 13 de Dezembro (Prensa Latina).- A relação especial entre Angola e as Forças Armadas Revolucionárias de Cuba (FAR) foi destacada hoje durante uma cerimónia quje teve lugar em Luanda por ocvasião do 68º aniversário das forças armadas da nação caribenha.

A comemoração foi presidida pelo embaixador cubano, Oscar León; pelo tenente-general Manuel Paiva, em representação do general José María Márquez, vice-chefe do Estado-Maior para a Educação Patriótica das Forças Armadas Angolanas (FAA); e pelo tenente-general Mário Gustavo da Silva, vice-comandante para a Educação Patriótica.

O coronel Enrique Kindelán, adido militar de Cuba em Angola, destacou os laços entre os dois países e recordou o surgimento das FAR no dia 2 de Dezembro de 1956, a partir do grupo de 82 revolucionários que chegaram à ilha nessa data para lutar contra a tirania de Fulgencio Batista (1952-1958), a partir do qual se forjou o Exército Rebelde sob a liderança de Fidel Castro.

“Nestes 68 anos, as FAR, juntamente com o povo, tiveram de enfrentar duras batalhas para salvaguardar a soberania e a tranquilidade dos cidadãos perante todo o tipo de agressões daqueles que não se contentam em observar como Cuba constitui, e continuará a constituir, um paradigma de luta e resistência para os povos e para os pobres do mundo”.

Acrescentou que por isso nunca hesitaram em estender as mãos a quem o solicitou, o que deu origem a inúmeros exemplos de solidariedade e internacionalismo, “com páginas gloriosas como as que foram escritas precisamente em território angolano”, disse.

Destacou o facto de o hospital Cuanza Sul ter o nome do internacionalista cubano Comandante Raúl Díaz Argüelles, uma digna homenagem aos mais de dois mil combatentes da nação caribenha que tombaram em solo africano na luta contra o colonialismo, a dominação estrangeira e o apartheid, e em particular aos que morreram em Angola.

Cuba esteve sempre ao nosso lado nos momentos difíceis do nosso país, disse o Tenente-General Paiva, que recordou os quase 25 anos em que cubanos e angolanos lutaram juntos até alcançarem uma vitória que garantiu não só a soberania do país, mas a independência da Namíbia e foi o início do fim do regime do apartheid.

Referiu-se aos homens e mulheres de Cuba que perderam a vida em Angola e, com o seu sangue, contribuíram para a irmandade inquebrantável entre os dois povos, que as novas gerações têm o compromisso de continuar a consolidar.

O secretário-geral do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale, Espírito Santos, agradeceu em nome do povo angolano o sacrifício dos cubanos e disse que o dia das FAR é também o dia da Fapla, que eles ajudaram a formar e que se transformou nas FAA.

A este respeito, a jovem oficial Josefa Narciso, graduada num dos centros de ensino militar da nação caribenha, disse que a par de uma rigorosa formação militar foram-lhes ensinados valores e disciplina, e por isso todos os dias recordam com gratidão aos seus professores e colegas.

Na ocasião, as FAR, através do gabinete do adido militar, reconheceram instituições que trabalham para divulgar a obra revolucionária do Dr. António Agostinho Neto e a sua estreita amizade com o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.

O Memorial António Agostinho Neto, o Memorial da Batalha de Kifangondo e o Museu Nacional de História Militar receberam o diploma, assim como a Direcção Principal de Educação Patriótica das FAA.

mem/kmg

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