O teatro da Liga Angolana de Amizade e Solidariedade com os Povos acolheu um evento alusivo ao Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, organizado pela Embaixada da Palestina em Angola no dia 29 de Novembro de 2024. O evento contou com a presença de autoridades do governo local, representantes da sociedade civil nacional e membros do corpo diplomático acreditado em Angola.
A cerimónia combinou momentos políticos e culturais, em que as palavras centrais foram proferidas pelo embaixador palestiniano Jubrael Alshomali, que condenou o genocídio que Israel está a levar a cabo contra o seu povo e agradeceu as muitas manifestações de solidariedade expressas em todo o mundo, incluindo as do governo angolano.
O embaixador de Cuba Oscar León González participou no evento e juntou-se às manifestações de solidariedade para com o povo palestiniano em Angola.
De acordo com o site das Nações Unidas, desde 1977, em 29 de Novembro de cada ano, ou por volta dessa data, as Nações Unidas comemoram o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano.
A data foi escolhida devido à sua importância para o povo palestiniano. Nesse dia, em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas, adoptou a Resolução 181, mais tarde conhecida como a “resolução da partilha”, que estipulava a criação de um “Estado judaico” e de um “Estado árabe” na Palestina, com Jerusalém como corpus separatum sujeito a um regime internacional especial. No entanto, até à data, só foi criado um dos dois Estados previstos nessa resolução: Israel.
As autoridades cubanas repudiaram energicamente o genocídio cometido pelas forças israelitas contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza e exigem que se lhe ponha termo. Além disso, Cuba condenou o assassinato de civis, momeadamente de mulheres, crianças e trabalhadores humanitários do sistema das Nações Unidas; os bombardeamentos indiscriminados da população em Gaza e a destruição de casas, hospitais e infra-estruturas civis; bem como a privação dos serviços de água, alimentos, eletricidade e combustível para a população palestiniana, acções que constituem graves violações do Direito Internacional Humanitário.
Cuba reafirma o seu apoio a uma solução global, justa e duradoura para o conflito israelo-palestiniano, baseada na criação de dois Estados, que permita ao povo palestiniano exercer o seu direito à autodeterminação e ter um Estado independente e soberano dentro das fronteiras anteriores a 1967, com Jerusalém Oriental como a sua capital, e que garanta também o direito de regresso dos refugiados e deslocados.
