Brasília, 28 de novembro. A imensa obra do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, centrou hoje uma conferência organizada pela Embaixada de Cuba no Brasil para evocar seu legado nos 60 anos da diplomacia cubana.
Fazendo o terceiro aniversário do decesso de Fidel Castro, em 25 de novembro, diplomatas, políticos, brasileiros, organizações solidárias e cubanos residentes reuniram-se no teatro da Central Única de Trabalhadores (CUT) Distrital a fim de prestar homenagem ao Comandante-em –Chefe.
‘Não obstante a lamentável perda física do invicto Fidel, suas ideias e seu exemplo inspiram e multiplicam os esforços e sonhos dos cubanos por construírem uma sociedade mais justa’, afirmou Alejandro Malmierca, primeiro secretário da missão diplomática cubana, depois da exibição de um audiovisual sobre certos momentos históricos da vida do líder revolucionário.
Malmierca fez uma dissertação sobre os vínculos de Fidel Castro com América Latina, sua eterna luta pela unidade latino-americana e, sobre ‘como seu pensamento e prática política frente ao imperialismo norte-americano resulta uma irrevogável referência e, no apenas para o povo cubano, senão para todos’.
Após fazer uma resenha da trajetória do incansável batalhador pelas causas justas durante o assalto ao quartel Moncada, no desembarque do Granma, na epopeia da Sierra maestra, no triunfo da Revolução e Playa Girón, o diplomata referiu-se ao seu encorajamento pela luta do Terceiro Mundo contra a atual ordem econômica internacional.
Em particular, enfatizou, ‘contra a dívida externa, o desperdício de recursos como resultado do gasto militar e a globalização neoliberal, bem como os esforços pela unidade e integração da América Latina e do Caribe. Fidel constitui a principal força motriz do Movimento dos Países Não Alinhados’, apontou Malmierca.
Ponderou o gênio, liderança e diplomacia de Fidel durante a Crise de Outubro e nos principais programas de solidariedade internacional com quase todos os povos, em particular, com a África.
Lembrou como ele conduziu a decidida ação do povo cubano para enfrentar as consequências do injusto bloqueio imposto a Cuba pelos Estados Unidos e os efeitos na economia da ilha caribenha após o colapso da comunidade socialista europeia.
Com sapiência, o Comandante de todas as batalhas, apontou o diplomata, promoveu o esforço invariável dos cubanos por superar as dificuldades decorridas destes fatores, sua resistência durante o chamado Período Especial e o recomeço do crescimento econômico e desenvolvimento do país.
‘A vida de Fidel não pode se abranger em poucas linhas. Sua relação permanente e indissolúvel com o povo, sua lúcida oratória, seu constante ensino, sua consagração ilimitada à causa da Revolução, deixaram uma marca indelével em nosso povo e servem qual farol para milhões de homens e mulheres de todos os continentes’, sublinhou Malmierca.