“A Revolução, no dia de hoje, tem nas mulheres cubanas um verdadeiro exército, uma impressionante força política. E, por isso dizemos que a Revolução é simplesmente invencível…”
Fidel Castro Ruz.
Congresso da Federação de Mulheres Cubanas (FMC). Em 29 de novembro de 1974
Com a criação da Federação de Mulheres Cubanas (FMC), em 23 de agosto de 1960, foram aglutinadas as diferentes organizações femininas, visando encaminhar seus esforços na defesa do papel da mulher no recém-nascido processo revolucionário do país. Constitui uma organização de massas que desenvolve políticas e programas voltados à consecução do pleno exercício da igualdade da mulher em todas as esferas e níveis da sociedade. Entre os objetivos desta organização encontra-se o sistemático oferecimento do seu contributo à formação e o bem-estar das novas gerações.
Fidel Castro Ruz marca presença no encerramento do III Congresso da FMC, ao seu lado Vilma Espín Guillois, Secretaria da FMC e o General de Exército Raúl Castro Ruz, em 8 de março de 1980. Foto: Sitio Fidel Soldado de las Ideas/ Diario Juventud Rebelde.
Vilma Espín, proeminente combatente das lutas contra a ditadura de Fulgencio Batista, presidiu a FMC desde sua constituição, sendo a principal impulsora das ações em prol do empoderamento feminino em Cuba. Espín, conduziu o processo de transformações de milhões de mulheres que, até então, estavam reduzidas ao papel de donas de lar e mães de família, as tornando em protagonistas ativas de várias esferas da vida do país, em especial, em setores da Educação, do Esporte, da Saúde e da Cultura.
A fervorosa defesa feita por Fidel Castro, líder histórico da Revolução Cubana, sobre o papel basilar das femíneas no desenvolvimento do país, motivou o rápido crescimento da organização. No transcurso do ato de criação da FMC expressou:
“Trabalhar, organizar e colocar em atividade o espírito criativo, o entusiasmo da mulher cubana, para que a mulher cubana, nessa etapa revolucionária faça desaparecer até o último vestígio de discriminação; a mulher cubana, e ganhar, pelas suas virtudes e pelos seus méritos, o lugar que lhe corresponder na história da pátria.”
Em agosto 2017, as mulheres cubanas comemoraram o aniversário 57º de uma organização que tem sido bastião das batalhas pela sua emancipação, equidade e igualdade sociais. Teresa Amarelle, membro do Gabinete Político do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC) e secretária-geral da FMC, sublinhou que esse ano as federadas estarão focadas na unidade de ação para desenvolvimento de um melhor trabalho e dar continuidade ao processo de empoderamento da mulher que impulsiona a Revolução e nisto é vital o apoio às eleições gerais no país.
Nesse sentido, a Federação influiu notavelmente para que em Cuba as mulheres, hoje, constituam o 49% da força de trabalho no setor estatal, ultrapassam o 65% dos técnicos e profissionais e aproximadamente um 60% dos formados universitários. Ademais representam mais do 48% dos deputados da Assembleia Nacional do Poder Popular.
Na saúde, compreendem o 60% do pessoal médico cubano e o 64% dos profissionais que cumprem missão internacionalista em mais de 60 países. Atualmente, encontram-se no Brasil mais de 8 mil colaboradores fazendo parte do Programa Mais Médicos, deles 66,6% são mulheres.
Todos esses dados evidenciam a importância das cubanas no desenvolvimento socioeconômico do país e confirmam o expressado pelo Comandante, no mês de agosto de 1960: “a mulher é uma Revolução dentro da Revolução”.
Atualmente, esta organização abriga quatro milhões e 200 mil mulheres no país, desenvolvendo políticas e programas em todos os níveis da sociedade, partindo dos bairros e das iniciativas cidadãs até os planos nacionais de saúde e educação.
É de destaque o funcionamento das Casas de Orientação à Mulher e a Família com mais de mil programas de adestramento, uma via essencial no trabalho educativo, preventivo e de orientação realizado pela FMC. Ademais as publicações da Editora da Mulher contribuem à educação das fêmeas e o Centro de Estudo, onde se aprofundar em temas de atualidade tributa à formulação de políticas públicas com enfoque de género.
O programa Educando teu Filho é outra das ações de benefício social a qual a organização de massas orienta sua atenção. É um programa de vias não institucionais, oferecendo alternativas educacionais para meninos e meninas que não têm acesso a creches infantis, desde antes do nascimento até entrada ao primeiro grau.
É mesmo por isso, que perante a demanda crescente para creches infantis, Educando teu Filho torna-se uma alternativa viável para muitas mães, garantindo o treinamento particularizado das crianças.
A iniciativa compreende também as crianças com necessidades educacionais especiais e oferece acompanhamento e controle para quem apresentarem uma situação familiar complexa.
Neste mesmo sentido, a organização possui executores e trabalhadoras
sociais – instrutoras e voluntárias da Federação de Mulheres Cubanas (FMC), as Repartições de Esportes, Cultura e Saúde Pública – as quais se encarregam de conseguir a participação das mães e da família em diferentes atividades de lazer, culturais e esportivas, bem como da distribuição de panfletos educativos segundo a faixa etária, que preparam as crianças e para o seio familiar visando uma plena incorporação a vida na escola.
As atividades educacionais visam estimular a linguagem, os exercícios para o desenvolvimento físico motor, o desenvolvimento intelectual, o domínio das cores e o conhecimento da natureza, bem como o desenvolvimento de hábitos de cortesia, ordem e alimentar.
O programa cubano Educado o seu Filho é reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para contribuir ao desenvolvimento integral de lactantes e adolescentes. É considerado um modelo a seguir nos países da área, porque ajuda não só o bem-estar das crianças, mas também de toda a sociedade. Além disso, de acordo com o representante da UNICEF na ilha, Cuba destaca-se em todo o mundo pelos esforços que foram feitos do ensino primário, e que a boa prática é caracterizada como "uma experiência valiosa", aplicável na região latino-americana. /EmbaCubaBrasil
(Com informações de Revista Mujeres, Prensa Latina, Cubadebate e ACN)