Brasília, 21 de outubro de 2025: Trinta jovens brasileiros provenientes do Ceará partem para Cuba para estudar na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), em Havana. A ELAM é uma das faculdades de medicina reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo da escola é formar médicos de diversas regiões do mundo, com atenção especial às comunidades mais pobres e desfavorecidas, que abriu suas portas em 1999.
Naquele ano, a região do Caribe atravessava uma grave crise humanitária provocada pelos furacões George e Mitch, dois ciclones tropicais que devastaram toda a região, causando a morte de mais de 10.000 pessoas.
O desastre afetou vários países, como Belize, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Honduras, Jamaica, Nicarágua e Panamá, que não apenas sofreram perdas humanas e de infraestrutura, mas também viram a propagação de doenças causadas pelo aumento das águas. Cuba decidiu enviar médicos aos diferentes países afetados, mas a ajuda não se limitou ao envio de pessoal; também foi decidido construir uma universidade médica para formar profissionais de saúde dos próprios países afetados.
A escola começou a receber centenas de estudantes do Caribe por meio de um sistema de bolsas criado para permitir que jovens com poucos recursos econômicos estudassem medicina gratuitamente. Com o tempo, o projeto se expandiu para diferentes regiões do mundo, e estudantes chegaram de outras partes da América Latina, expandindo-se para a África, região com a qual Cuba historicamente criou vínculos, e até para os próprios Estados Unidos.
Até o momento, a ELAM formou aproximadamente 31.000 médicos de quase 120 países diferentes, entre eles, mais de mil médicos formados são brasileiros.