Não se trata apenas de uma intimidação e ainda menos de um filme: são os tambores de guerra em estado puro. Não é uma cortina de fumo: é um perigo real e iminente.
O desdobramento bélico dos Estados Unidos no mar das Caraíbas, próximo às costas venezuelanas, entrou numa nova fase com o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford. Esta máquina de morte move-se com o pretexto de “combater o narcotráfico”, o mesmo que foi utilizado nas últimas semanas para o assassinato extrajudicial de 76 pessoas nas águas caribenhas e do Pacífico.
O objectivo da administração norte-americana é claro: derrubar o governo legítimo da República Bolivariana da Venezuela custe o que custar. Enquanro isso, um senador dos Estados Unidos tão patético quanto perigoso prevê que os dias de Maduro estão contados e que a Venezuela, a Colômbia e Cuba fazem parte de “um califado da droga”. As consequências desses factos e ameaças podem ser catastróficas.
A Casa das Américas denunciou esta escalada desde o seu início, consciente de que não se trata apenas de um perigo para a Venezuela, mas também de uma bofetada à autodeterminação e à soberania dos nossos povos. Uma acção contra qualquer um dos países irmãos do continente, é um golpe para todos.
Enquanto alguns se concentram nas imagens do Gerald R. Ford como se fosse um vídeojogo, aqueles que sentimos em carne própria a agressão e a violência imperiais, condenamos o preâmbulo de um crime gravíssimo e fazemos um apelo à solidariedade internacional com os povos da região.
Havana, 14 de Novembro de 2025.
