Nota do Ministério das Relações Exteriores pelo Dia da África
Neste ano, celebramos em Cuba o Dia da África em condições excepcionais, devido à pandemia da Covid-19. Isso, porém, não impedirá que os cubanos recordemos, como sempre fizemos, um acontecimento de tão extraordinária relevância: a criação, em 25 de Maio de 1963, da Organização para a Unidade Africana (OUA), que em 2002 tornou-se União Africana (UA).
Neste novo Dia da África, renovaremos nossa amizade e fraternidade com o continente irmão, ao qual estamos unidos por laços de sangue, cultura e história.
O Comandante em Chefe da Revolução cubana, Fidel Castro Ruz, sempre ressaltou o «dever de compensação» que os cubanos têm com a África, pelo crucial papel desempenhado pelos africanos e os seus descendentes, nas guerras independentistas do nosso país, e pela sua contribuição na construção da nossa nação caraíba.
Estivemos juntos, nas lutas contra o colonialismo e o apartheid, e nos esforços pelo desenvolvimento. Cerca de 6 mil colaboradores cubanos, nas esferas da saúde, educação, deporte e agricultura, prestam serviços em 32 países africanos. Ao redor de 9 mil bolsistas africanos cursam estudos superiores no nosso país.
A África é hoje um decisivo actor nos assuntos internacionais. Os seus 55 Estados membros constituem um terço da Assembleia Geral das Nações Unidas, e a metade em outros fóruns de concerto global, como o Movimento de Países Não Alinhados e o Grupo dos 77 + China.
Cuba agradece o apoio unânime dos governos, líderes, organizações e povos da África, à luta contra o bloqueio, incluído o voto a favor da resolução “Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”, que todos os anos a Assembleia Geral das Nações Unidas aprova, bem como a adopção, por 11 anos consecutivos, de uma resolução contra o bloqueio, no seio da União Africana.
Nestas complexas circunstâncias que a humanidade atravessa, Cuba convoca a comunidade internacional a apoiar a África, na luta contra a pandemia da Covid-19 e as suas nefastas consequências económicas, sociais e financeiras. Os povos africanos, que tanto fizeram pela humanidade, assim merecem.
Ratificamos que as relações de Cuba com os povos e governos da África são indestrutíveis, e que, leais à nossa tradição histórica e solidária, continuaremos reforçando os laços de cooperação e amizade com esse continente irmão.
Viva a irmandade entre a África e Cuba!
(CubaMinrex)
