Nota do capítulo Cuba do Comitê Antiimperialista Abreu E Lima

O Capítulo Cuba do Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima manifesta seu repúdio à retórica desrespeitosa dos EUA, vergonhosamente reproduzida por países subservientes como o atual governo fascista brasileiro, o governo golpista da Bolívia ou o entreguista Equador, e condena veementemente a agressão norte-americana mais recente por meio de um programa da USAID que busca sabotar a cooperação internacional de Cuba no campo da saúde, em curso nos dias de hoje em mais de 60 países, e que oferecem apenas benefícios a milhões de pessoas.
Mais uma vez o governo norteamericano arremete contra a cooperação cubana que resulta sempre em notável contribuição com impactos inegáveis nos indicadores de saúde da população por onde passam. Adicionalmente, é importante ressaltar que a maioria das despesas é assumida quase sempre pelo governo cubano sendo muitas das missões constituídas de ajuda imediata em casos como acidentes climáticos ou epidemias. Além disso, não são poucos os profissionais cubanos que perderam suas vidas em todos os continentes, com o intuito único de ajudar a população desses países. Da mesma forma, nas modalidades de convênio, é também Cuba quem assume o custo de formação de jovens médicos oriundos de países mais pobres, formação que é considerada um luxo destinado apenas aos bem nascidos e que Cuba garante há décadas à jovens periféricos ou vindos de regiões em conflito.
A resposta do governo dos EUA às quase seis décadas de atuação de profissionais de saúde cubanos em todas as regiões do mundo é uma escalada de ações ofensivas para desprestigiar a cooperação internacional de Cuba que possui desempenho exemplar reconhecido em todo o mundo. E não é de hoje que os EUA tentam sabotar essa cooperação, particularmente em países latino-americanos. No entanto, diferentemente de empresas privadas, que obtêm lucros significativos em contratos nas áreas de saúde, Cuba utiliza parte da receita na aquisição de medicamentos, formação de novos médicos e na execução de um dos melhores sistemas de saúde do mundo.
Ainda no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro chancelou a operação nefasta dos EUA. Como sempre, sem fornecer provas, ele acusou os médicos cubanos de “formar núcleos de guerrilha” no Brasil. Até hoje Bolsonaro não ofereceu evidências de suas acusações, mas seus ataques irresponsáveis forçaram o MINSAP a encerrar a participação de médicos cubanos no programa brasileiro. Os números não nos deixam esquecer que em 5 anos, mais de 20 mil médicos cubanos trataram 113 milhões de pacientes em mais de 3.600 municípios. Além disso, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Organização Mundial da Saúde consideraram o Programa Mais Médicos para o Brasil como o melhor exemplo de boas práticas em cooperação e na implementação da Agenda 2030 com seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O preconceito, a ignorância e a falta de sensibilidade com que os EUA tratam a assistência médica cubana é reveladora das prioridades de sua política externa, sendo a nação que mais investe em armas e bombas contra inúmeros países como política de hostilidade permanente tratada cinicamente como "humanitária" na maioria dos casos.
Cuba vencerá mais essa etapa porque sua luta é justa e tem o apoio dos milhares de seres em todo o mundo que de maneira direta ou indireta são beneficiários de uma política externa baseada no amor à humanidade.
Brasília, 25

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