São Paulo, agosto de 2019. Durante o mês de agosto, o renomado escritor percorreu vários estados brasileiros. Leonardo Padura, esse cubano, nascido no bairro Mantilla da capital do município Arroyo Naranjo é autor de livros famosos como "O homem que amava os cachorros" (2009) e novelas policiais, cuja narrativa social recriam diversos eventos que são resolvidos por Mario Conde, seu distinto detetive.
A convite da editora brasileira Boitempo, o escritor, ensaísta e jornalista fez um extenso programa de apresentações, entre elas, o encontro chamado "Escrever em Tempo" nas instalações do SESC Pompeia, na cidade de São Paulo. O encontro foi liderado por Ricardo Lísias, escritor brasileiro detentor dos prêmios. “Jabuti, 2008 e São Paulo de Literatura em 2010.
Durante a apresentação de seu livro “A Transparência do Tempo”, perante uma grande audiência, onde estiveram presentes o Cônsul Geral e outros funcionários consulares, Padura respondeu perguntas-chaves que não podem ser esquecidas no momento de escrever suas novelas, dentre elas: Por que e O que eu escrevo? Qual é o objetivo que pretendo alcançar no meu trabalho? Por que eu quero contar e o que eu quero contar? Depois de ter isso claro, diz ele, outros grandes desafios são como fazer isso? Para Padura, a página em branco é, sem dúvida, um momento importante no início de cada novela.
Mas momentos muito importantes de sua iluminada intervenção foram suas referências ao grande papel desempenhado pelos médicos cubanos no mundo, particularmente no Brasil e, especialmente, na demonstração de sua cubania enraizada. Ao ser questionado sobre o assunto do racismo, depois de fazer considerações gerais, ele terminou sua apresentação, fazendo uma engraçada referência ao significado do mosaico de raças que compõem nossa nacionalidade. Ele disse: eu não sou branco, nem negro, nem chinês ... bem, na verdade, como dizemos na ilha, “eu caguei-me na notícia, eu sou cubano".
(Consul Cuba São Paulo)