Havana, 9 de março (Prensa Latina) O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, sublinhou hoje a resistência da ilha à intensificação do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos há mais de meio século.
Cuba resiste. Vamos resistir e vencer. Nós somos Cuba Somos continuidade, escreveu o presidente em sua conta no Twitter.
Ele também compartilhou um artigo do intelectual e teólogo brasileiro Frei Betto, que denuncia os efeitos causados pelo endurecimento do cerco contra a maior das Antilhas.
Sob o título Cuba resiste, no trabalho publicado no portal de notícias Cubadebate, Betto lembra que somente em 2019, o governo Donald Trump adotou 85 medidas agressivas contra a ilha, que se somam às impostas por quase seis décadas daquele brutal política, ele lembrou.
Também indica que os danos causados pelo bloqueio nos últimos 60 anos totalizam 138 mil 843,4 milhões de dólares (a preços atuais) e que, de abril de 2018 a março de 2019, houve perdas de mais de quatro bilhões, uma média de 12 milhões por dia.
Há falta de gás e combustível para cozinhar nos veículos. Os navios mercantes são ameaçados de sanções se viajarem para Cuba para descarregar seus contêineres. Todos os vôos dos Estados Unidos para a ilha são suspensos por ordem da Casa Branca, exceto os que pousam em Havana, disse o brasileiro.
Ele lembrou que, em dezembro de 2019, o presidente Díaz-Canel resumiu o clube que tenta estrangular Cuba com uma frase: 'No 61ú aniversário da Revolução, eles nos jogaram para matar e ainda estamos vivos'.
Apesar de tudo, Cuba resiste. A população está ciente de que o governo está fazendo tudo para evitar dificuldades, disse Betto, que descreve como genocida o propósito declarado de 'enfraquecer a vida econômica de Cuba, causar fome, desespero e queda do governo'.
Ele também enfatizou que essa política tem rejeição mundial, expressa nas Nações Unidas, e disse que a experiência vietnamita mostra que não é possível derrotar um povo determinado e unido como o cubano.
