Brasília, 8 de abril de 2025: - As relações entre o Brasil e Cuba podem ser examinadas a partir de diferentes perspectivas, entre elas, a histórica e a cultural, e em particular a criação plástica, na qual existem pontos concordantes nos ideários iconográficos dos artistas de ambos os países, como os traços tropicais, as influências da arte popular e os reflexos das correspondentes identidades culturais a partir das respectivas posições de nacionalidade, raça, classe, gênero…
O projeto Viva a Arte Viva, formado por obras de oito criadores de distintas gerações, estilos e tendências, representativos da prolífica produção dos artistas de Brasília, se propôs consolidar ainda mais os laços existentes entre as capitais de Cuba e Brasil, por meio da exibição na ilha, durante a 12ª Bienal de Havana, dos trabalhos de quem, de algum modo, simboliza o profuso movimento da arte contemporânea no gigante país latino-americano.
Como parte das colaterais da Bienal, e sob o título de Aproximações, a mostra desses artífices foi exposta no museu de Guanabacoa, onde também realizaram algumas ações com estudantes e vizinhos da comunidade. O grupo era composto por figuras de prestígio internacional reconhecido na plástica dos anos 80 do século passado, como Glenio Lima, Tarcísio Viriato e Darlan Rosa, até outros mais jovens, como Adriana Marques, Tiago Botelho, Dulce Schunk, Josafá Neves e Clarice Gonçalves, cuja atividade começou a se desenvolver entre os anos 90 e a primeira década do século atual. Todos eles expõem em Cuba sua particular expressão pictórica da história e da identidade brasileiras, além de suas preocupações universais sobre o ser humano.
Dez anos depois, os artistas brasileiros se reuniram com o embaixador cubano Adolfo Curbelo Castellanos com o objetivo de apresentar o impacto que aqueles dias da Bienal tiveram na obra posterior que desenvolveram. Prevista para o próximo mês de julho, aqueles artistas exporão suas obras na expo Cuba +10.