Uma nota de imprensa da correspondente de Prensa Latina (PL) em Angola, intitulada "A cultura irmana os povos de Cuba e Angola", informa sobre a celebração do Dia da Cultura Cubana através de um evento organizado em Luanda em homenagem também ao centenário do nascimento de Fidel Castro Ruz, líder histórico da Revolução Cubana; e os 50 anos da proclamação da independência de Angola e o estabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e a nação africana.
A seguir reproduz-se o texto integral da nota de imprensa publicada por PL
A cultura irmana os povos de Cuba e Angola
Convocados pela Embaixada de Cuba para comemorar esse acontecimento, que consagrou o dia 20 de Outubro como Dia da Cultura Nacional, representantes de ambos os países e convidados do Corpo Diplomático acreditado acudiram ao Centro Memoria Doutor António Agostinho Neto.
Música, dança, poemas, artes plásticas e uma alusão à história da criação do Hino Nacional de Cuba estavam entre os elementos do programa, que testemunhou a Secretária de Estado para a Cultura, Maria da Piedade de Jesus, entre outros membros do governo e organizações angolanas.
A proximidade entre os dois povos, a história comum construída durante meio século — que será celebrado no próximo dia 15 de Novembro — mesmo muito antes, possibilitaram que vários dos presentes entoassem como seus o hino que convocou os cubanos desde 1868 para lutar pela sua liberdade.
O embaixador cubano Oscar León González destacou a marca africana na cultura do seu país, que tem as suas raízes também nesses povos, pois cerca de um milhão e trezentos mil africanos foram levados como escravos para o arquipélago.
Os seus costumes, tradições, ritmos e comidas foram se integrando e hoje fazem parte de um legado cultural enriquecido ao longo dos séculos, que nos identifica e nos une, salientou.
O diplomata destacou os esforços para preservar esses laços e indicou que está pronto para ser assinado um Memorando de Entendimento entre os Ministérios da Cultura de Angola e Cuba, que busca impulsionar o fortalecimento da colaboração nesse âmbito.
Ele referiu que nos últimos dois anos tem mantido intercâmbios entre as duas nações, e mencionou em particular a visita da Secretária de Estado para a Cultura, que participou do Festival Jazz Plaza, da Conferência Internacional da Década dos Afrodescendentes e visitou o Instituto Superior de Arte.
O pianista Dimbo Makiesse e o tenor Isau Fortunato, que partilharam a sua arte com os presentes, também falaram da sua admiração pela música e músicos da nação caribenha.
O pintor cubano Yasiel Palomino, que há quase 10 anos reside em Angola, pintou durante a celebração uma peça que doou ao Memorial Agostinho Neto, como símbolo da amizade entre os dois povos.
Completaram o programa a poetisa angolana Jolena e o declamador cubano Miguel García.
Os presentes também puderam se aproximar um pouco mais dos sete elementos cubanos que compõem a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade: a Tumba Francesa, a Rumba cubana, o Ponto cubano e as Parrandas da região central.
Também fazem parte da lista os Saberes dos mestres do rum leve; o Bolero, de conjunto com o México, e os Conhecimentos e práticas tradicionais para a fabricação e o consumo de pão de mandioca, em conjunto com a República Dominicana, o Haiti, Honduras e a Venezuela.
