Uma delegação cubana, presidida por Esteban Lazo Hernández, acompanhou a comemoração do irmão povo africano
Autor: Enrique Moreno Gimeranez | enrique@granma.cu
Angola celebrou, este 11 de Novembro, meio século da sua independência nacional, num jubileu popular que desencadeou, em torno desta efeméride, criatividade, entusiasmo e o orgulho patriótico das diferentes gerações do povo da irmã nação africana.
Ao acto central de comemoração do 50º aniversário da independência nacional, celebrado nesta terça-feira em Luanda, na Praça da República e com a participação de mais de uma dezena de chefes de Estado e de Governo, e de outros altos dirigentes de várias nações, assistiu uma delegação cubana encabeçada pelo membro do Bureau Político do Comité Central do Partido, Esteban Lazo Hernández, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular e do Conselho de Estado, que foi aplaudida com grande entusiasmo pelos presentes nesta actividade, no momento em que foram apresentadas as delegações estrangeiras, como genuína demonstração do carinho do irmão povo angolano para com a Maior das Antilhas.
A epopeia internacionalista do nosso país, nomeadamente durante a heróica Operação Carlota, foi uma página imperecível de altruísmo e solidariedade; cujo contributo resultou decisivo para a preservação e consolidação da independência de Angola e alcançar a da Namíbia, além de um contributo relevante para o desaparecimento do regime do apartheid.
Na sua intervenção no acto central, João Manuel Gonçalves Lourenço, presidente da República de Angola, significou especialmente o contributo internacionalista cubano para as mais justas causas da África. “Valentes jovens combatentes angolanos e cubanos derramaram o seu sangue para resgatar a dignidade dos povos da África do Sul e da Namíbia, e livraram a humanidade do longo pesadelo que representou o regime do apartheid”, realçou o Chefe de Estado no seu discurso.
No acto central foi concedida a título póstumo, a medalha comemorativa pelo 50º Aniversário da Independência Nacional na sua máxima classe, de “Honra”, a Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola. Também na Praça da República tiveram lugar, consecutivamente, um desfile cívico no qual estiveram representados os diferentes sectores sociais, províncias e tradições culturais do país, e um desfile militar de 17 blocos com a mostra de armamento e técnica, e de meios terrestres, aéreos e navais do irmão país africano, respectivamente.
Este 11 de Novembro, Esteban Lazo dialogou também com os Presidentes da Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah; da República do Congo, Denis Sassou-N'Guesso; de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova; de Cabo Verde, José Maria Pereira Neves; de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; e com a Primeira-Ministra da República Democrática do Congo, Judith Suminwa Tuluka.
Também conversou com vários ex-presidentes de nações africanas presentes na actividade, aos quais agradeceu pela invariável posição dos seus respectivos países contra o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba. Além disso, na jornada, Lazo Hernández teve um encontro com Brahim Ghali, presidente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) e Secretário-geral da Frente Polisário, no qual ratificou a solidariedade com o povo saharaui.
