Não há Cuba sem Fidel

Imagen del Aniversario 58 Triunfo del Revolución

Não haverá monumentos, nem esculturas, nem avenidas, nem praças com o seu nome, mas não haverá Cuba sem Fidel e isso todos o sabemos. Há uma obra indelével que marcou um antes e um depois na história de Cuba, da América Latina e na história universal e que ainda desperta admiração pela rara coerência entre o sonho nobre de uma geração e o seu legado. Aquele que reveja hoje as prioridades da proposta de orçamento que aprovou o parlamento cubano em dezembro de 2016 compreenderá.

Perdurará no seu povo que, pela primeira vez na história, alcançou a sua liberdade, a sua dignidade, a sua independência e soberania com um processo que suscita a admiração e o respeito do mundo inteiro e que conduziu Cuba ao lugar número 44 no índice de desenvolvimento humano.

É uma obra jovem e inacabada, sempre assediada, na que sobram os êxitos com benefícios para todos e na qual se acumularam também erros, mas nenhum da magnitude de que hoje nos acusam. São reconhecidos os modelos de educação, saúde, bem-estar social e participação política em Cuba, um sonho longínquo em qualquer latitude. Ausentes estão de Cuba grandes vergonhas da humanidade, como a fome, a morte por doenças curáveis, o terrorismo, o crime organizado, a impunidade da corrupção.

Tem sido difícil assistir nas últimas semanas à operação de “assassinato de caráter” contra um homem da estatura de Fidel. As calúnias e acusações não novas e, desde o início, acompanham a propaganda contra a Revolução, única via de sustentar uma política de bloqueio e agressão cujo verdadeiro propósito é asfixiar a economia, isolar internacionalmente Cuba e restabelecer um governo que responda aos interesses dos Estados Unidos.

Essa política fracassou. Não funcionou nem vai funcionar. O mérito maior de Fidel foi a sua capacidade de inspirar muitos na procura de um sistema alternativo àquele que quer impôr o capital transnacional. Também o foi o seu otimismo e a sua fé na vitória. Fidel não foi nem um ditador, nem um assassino, nem deixa contas milionárias, nem governou Cuba pela força. Eram famosas as suas conversas com o povo em qualquer lugar, sem protocolo, sem distâncias, sem medo de dizer-lhe a verdade.

Sempre que me perguntaram porque tivemos o mesmo presidente tantos anos, eu respondia que o povo sentia que enquanto Fidel estivesse à frente de Cuba, os seus interesses estariam protegidos, que ninguém ficaria desamparado, que as pessoas mais humildes às quais a Revolução abriu as portas ao conhecimento, a uma vida mais digna e ao exercício dos direitos humanos não teriam medo de os perder.

Parece que aqueles que não puderam vencê-lo em vida sentiam que seria mais fácil derrotá-lo depois de morto. Nada mais longe da verdade. As imagens de tristeza sincera, de respeito genuíno e de pesar íntimo que chegaram desde Cuba a todos os confins do mundo devolveram um Fidel próximo do seu povo, um líder amado e inesquecível.

Categoría
Eventos